Após a saga Ponto de Ignição, que funcionava como um
prelúdio do que viria a ser o tão comentado reboot
da DC, os Novos 52, a editora decidiu lançar seu primeiro longa baseado nessa
série. Liga da Justiça: Guerra é uma
adaptação da graphic novel Justice League:
Origin, de Geoff Johns, Jim Lee e Scott Willians, lançada em 2011, que
conta como a Liga da Justiça foi criada para combater uma invasão de
alienígenas liderados por Darkseid. Eu não cheguei a ler a obra original, mas
já ouvi comentários de que a adaptação animada acabou sendo apenas um resumo
superficial da história original. Porém como não li, vou desconsiderar essas
comparações e falar apenas das impressões que tive assistindo.
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Fonte: (en.wikipedia) |
A história
começa com uma onda de sequestros misteriosos em Gotham, que são atribuídos ao
Batman pelos noticiários. Ao averiguar a situação de perto, o Lanterna Verde
descobre que quem está por trás desses sequestros na verdade é uma espécie de
alien de armadura. Durante um rápido embate, o Batman surge para auxiliar o Lanterna
na luta contra a criatura misteriosa e logo descobrimos que ambos não se
conheciam ainda. Após uma perseguição a criatura foge para o esgoto e é vista
instalando numa parede, antes de desaparecer, um objeto estranho, parecido com
algum tipo de bomba. Após uma análise do Batman, ele conclui que o objeto é de
origem alienígena e resolve partir junto com o Lanterna Verde para a cidade de Metropolis, buscar respostas com um
outro conhecido super-herói que tem origem alienígena: Super-Homem. Enquanto
isso, no laboratório S.T.A.R.S, em Metropolis, Dr. Silas Stone analisa um
objeto idêntico ao encontrado por Batman e Lanterna Verde, que foi trazido pelo
Flash enquanto outra criatura alienígena tentava instalá-lo em Central City. Por estar sempre ocupado
com suas análises, Dr. Stone nunca tem tempo para passar ao lado de seu filho
esportista Victor Stone, que aguardava a presença do pai em um de seus jogos. Este,
por sua vez, ao olhar para a cadeira reservada ao pai ele vê apenas um garoto
chamado Billy Watson, um entre tantos outros fãs, que mais tarde revelará que
não é apenas um garoto comum. Enquanto isso em Washington, a Mulher-Maravilha
se prepara para uma reunião com o Presidente dos Estados Unidos, mas chegando à
casa branca ela se depara com uma multidão protestando contra ela, pela maneira
bárbara de ela agir na sociedade e pelo uniforme sensual que ela utiliza. No
fim das contas, as investigações acerca dos sequestros de humanos conduzidos
pelas criaturas alienígenas, e dos objetos misteriosos levarão mais cedo ou
mais tarde todos os heróis a se unirem a uma causa comum: deter Darkseid!
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Fonte: (nerdfarmblog) |
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Fonte: (fatmovieguy) |
Nessa nova
animação da DC temos a primeira
reunião dos heróis que viriam formar posteriormente a famosa Liga da Justiça.
Por conta disso, muitos não se conheciam até então, ou só tinha ouvido falar dos
outros, e eles vão se entrosando aos poucos, no decorrer da história, até o
ótimo duelo final. Outra coisa que achei bem trabalhada foram as
características particulares de cada um: Lanterna Verde, por ser um guardião do
universo, é um sujeito bastante orgulhoso e metido a fodão, enquanto Batman é
um sujeito mais racional e inteligente, que vive ainda escondido da sociedade
que o considera mais uma ameaça do que um herói. Quando essas duas
personalidades se chocam temos a parceria mais interessante de toda a trama,
com o Lanterna aprendendo que nem sempre um super poder é o que faz a
diferença. Já a Mulher-Maravilha foi retratada como alguém que realmente não
vive na mesma sociedade que a nossa. Como ela foi criada no meio de mulheres
guerreiras, ao entrar em contato com uma sociedade completamente diferente da
dela, ela acaba tendo bastante dificuldade de se adaptar às pessoas, da mesma
forma que as pessoas têm dificuldade de aceitar os modos bárbaros que a
Mulher-Maravilha utiliza para resolver qualquer problema, desde cair na porrada
com alienígenas, até conseguir um sorvete para uma garotinha. Também gostei
bastante do Super-Homem nessa animação, mesclando seus super poderes com uma
personalidade sem malícia, mas com bastante senso de justiça. Temos ainda o
Victor Stone (que se tornará mais tarde o Cyborg após um acidente no
laboratório do pai e um posterior experimento com tecnologia alienígena) e seus
conflitos familiares com o pai, Dr. Stone, que não dá atenção e nem apoio ao
filho, até o dia em que Victor sofre um grave acidente. Outra relação de
amizade bacana é entre o Cyborg e o imaturo Shazam, que é um grande fã de
Victor nos jogos de futebol americano.
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Fonte: (cosmicbooknews) |
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Fonte: (portalmosaico) |
O roteiro da
trama, apesar de simples, é bastante coeso e mesmo não se aprofundando muito na
história de cada personagem, devido à duração do longa, consegue conectar todos
os núcleos da história até a reunião deles para combater o vilão principal, e
que combate! A luta contra o Darkseid e seus súditos é uma pancadaria sem fim
que lembra muito as lutas sem fim vistas em animes como Dragon Ball, por
exemplo, e até a conclusão a gente fica meio tenso querendo saber no que vai
dar, hehe. A qualidade de animação é bem superior ao do Ponto de Ignição, que eu particularmente não gostei muito nesse
aspecto. Já as cenas de ação são muito boas com os heróis combatendo a horda de
parademônios de Darkseid até a chegada dele na Terra para o embate final.
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Fonte: (shinobinews) |
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Fonte: (leviathyn) |
Liga da Justiça – Guerra é uma ótima
pedida para quem está começando a se aprofundar no universo da DC, mas não conhece muita coisa, e até
mesmo para veteranos, pois esta é uma ótima adaptação dos quadrinhos dos Novos
52. Passa longe de ser um épico, muito pelo contrário, tem um sentido bem mais
despretensioso, mas mesmo assim bastante agradável de acompanhar.
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Fonte: (dorkadia) |
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