quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Games # 5 - Super Pitfall (Nintendinho)



     Na época em que tinha “Top Game”, aquele videogame genérico que rodava os jogos da Nintendo, eu tinha entre outros jogos o Super Pitfall, que na época eu chamava de jogo do Luigi (o irmão do Mario) devido à semelhança dos personagens. Aliás, sempre me perguntava por que existia um jogo do Luigi tão diferente dos jogos do Mario em que ele ainda podia atirar com uma arma. Pois bem, como já havia citado no artigo sobre o Pitfall! do Atari, este aqui foi uma das continuações diretas do Pitfall! e também, na verdade, uma tentativa frustrada de remake do Pitfall II: Lost Caverns e foi lançado para o Nintendinho. Diferente do clássico do Atari esse foi um fiasco e muitos que conheceram este jogo o odeiam por inúmeras razões. Vejamos, portanto, o porquê disso.

Fonte: (tomheroes)

     Este jogo foi lançado originalmente em 1986 no Japão e posteriormente nos EUA um ano depois pela Activision, a mesma desenvolvedora do Pitfall original. Este foi também o primeiro jogo da Activision feito para a Nintendo e teve um projeto para um novo game (Super Pitfall II) que foi cancelado num curto período de tempo devido à repercussão negativa do jogo entre o público e os críticos. Afinal de contas, o que tem de tão ruim numa continuação de um dos maiores clássicos do Atari? 

Fonte: (en.wikipedia)

     Como no original, você também controla um caçador de tesouro chamado Pitfall Harry (que desta vez ficou a cara do Luigi, como já havia comentado) que está em busca do glorioso diamante Raj, mas descobre que sua sobrinha Rhonda foi transformada em pedra e o seu leão de estimação Quickclaw foi preso numa jaula e, portanto, será necessário encontrar a chave para a jaula de Quickclaw, uma poção mágica para fazer Rhonda voltar ao normal e o diamante Raj, que é o objetivo de Pitfall. Se você não leu meu artigo anterior eu tinha comentado que em 1983 foi lançado um desenho contando as aventuras de Pitfall Harry, junto com o sua sobrinha Rhonda e seu fiel animação de estimação Quickclaw. A garota e o leão não existem no jogo original e estrearam na primeira sequência Pitfall II: Lost Caverns como personagens não jogáveis, e aqui reaparecem da mesma forma neste remake.

Fonte: (superadventuresingaming)

     Quando adquiri este jogo na época, era muito comum você trocar cartuchos com amigos e eu vivia fazendo isso: enjoava de um jogo e trocava por outro. Porém, as trocas não englobavam caixinhas com manuais de instruções, pois o que interessava era o jogo em si. Por que estou falando isso? Muitos jogos antigos, até os mais clássicos, como Mario Bros, não tem a história do jogo disponível dentro do próprio jogo, só existe a aventura em si e se você quiser saber da história vai ter que recorrer ao manual. Eu não me lembro de ninguém daquela época que possuía a caixinha dos jogos com manual de instrução e eu só tinha acesso a caixinhas em locadoras de jogos. Agora, se você não tem acesso ao manual de instruções e o jogo não te fornece a história e os objetivos do jogo, o resultado disso, pelo menos em Super Pitfall, é você ficar vagando sem rumo no jogo. E eu tenho certeza que muita gente passou por isso porque naquela época ninguém tinha acesso à internet e a única forma de você adquirir informações sobre jogos era comprando revistas de games e, além de ter muita sorte de achar uma revista que tenha alguma matéria sobre o jogo que você quer, ainda tem que ter sorte dessa matéria ter alguma utilidade pra você.

Fonte: (emuparadise)

     Esse era o meu ponto de vista de jogador sobre Pitfall naquela época: não sabia que esse jogo tinha alguma relação com o Pitfall! do atari, até porque são completamente diferentes; não sabia o nome do personagem, jurava que era o Luigi; não sabia que o personagem tinha uma sobrinha e um leão de estimação que você tem que ajudar (confesso que já encontrei os dois, mas falo sobre isso mais tarde); não sabia que tinha que encontrar um diamante raro; e o jogo por não te fornecer informações te entope de dúvidas.
     A aventura começa em frente a uma muralha com alguns telhados atrás (ou seriam pirâmides? Não sei, já que os gráficos não fazem muito sentido) e você controla Harry que começa o jogo com uma arma que possui 20 balas de munição. Por incrível que pareça a ter uma arma neste jogo não faz muita diferença porque é extremamente difícil acertar um tiro nos inimigos, pois a maioria deles são pequenos, como sapos e aranhas, e Harry só atira pra frente e não atira abaixado, logo a única forma de não morrer para esses bichos é evitando eles, já que, diferente de Mario, se você pular num inimigo quem morre é você, hehe. Os cenários parecem ter sido programados pra te fazer morrer a todo custo. Escadas que te levam a um precipício com espinhos, plataformas que te fazem acreditar que um salto é possível, mas na verdade te levam a cair num buraco ou ser atingido por um inimigo, são tipos de situações bem frequentes, portanto é extremamente fácil morrer nesse jogo.  Muitos lugares te instigam a dar uma explorada, como no exemplo da escada, que foi posta num ponto estratégico que te instiga a descer só para encontrar a morte lá embaixo, ou seja, na base da tentativa e erro você vai descobrindo a melhor rota para seguir sem cair numa armadilha safada. Até os precipícios mais comuns do jogo exige boa precisão de salto para não cair numa poça de lava ou espinhos e ainda tem uma maldita queda d’água que se te atinge faz você cair dezenas de níveis abaixo, fazendo com que você tenha que fazer novamente uma subida mortal por lugares repletos de armadilhas. Além disso, o problema mais grave do jogo, sem dúvidas, é o fato dos itens do jogo serem todos invisíveis, com algumas poucas exceções, como as barras de ouro, que a propósito, não servem pra nada além de pontos no score. Armas, munição, chaves em formas de símbolos de baralho, tudo é invisível e para fazer aparecer você precisa pular num ponto específico da tela para o objeto surgir. Isso quer dizer que, se você não tem um guia mostrando a localização desses objetos vai ter sair por aí pulando em tudo quanto é canto do jogo até eles irem surgindo aos poucos. As chaves funcionam da seguinte forma: se você tem uma chave de copas você pode abrir uma parede que contenha esse mesmo símbolo, mas como tudo é invisível, essa chave pode estar em qualquer ponto do jogo, o que torna a procura extremamente frustrante e tudo o que você encontrar você vai ter que memorizar a localização, caso você sofra um game over e, pode ter certeza, isso acontece o tempo todo...

Fonte: (consoleclassix)

     Super Pitfall é dividido em duas partes basicamente: o início, que é formado basicamente de cavernas com os mais diversos tipos de armadilhas e uma espécie de cidade de Halloween, que possui vários monstros e zumbis. Você pode transitar por esses dois mundos, mas para isso você esbarra em outro problema grave: você precisa atravessar uma espécie de portal que, assim como os itens, também são invisíveis, ou seja, você pode encontrar um corredor sem saída, andar até encostar-se a uma parede, pular e, inusitadamente, ser transportado para outro local, mais uma tarefa bastante árdua para fazer sem um guia de detonado, coisa que praticamente nem existia na época que o game foi lançado.
     Quando jogava na época, era até viciado nesse jogo e rodava pra cima e pra baixo tentando encontrar algum caminho ainda não explorado, não tinha a menor ideia sobre encontrar o leão perdido e o diamante, mas sobre Rhonda tive até uma experiência pra contar sobre isso. A gente a encontra no mundo do Halloween em um determinado ponto, entretanto, ela está lá paralisada, você passa por ela, pula, abaixa, faz de um tudo e nada acontece, ela continua parada. Como eu e outras pessoas não sabíamos nada da história do jogo, ficávamos instigados em saber quem era a garota, se era uma namorada do protagonista, se era uma boneca, se era só enfeite de cenário... enfim, esse era o maior mistério do jogo: qual o propósito daquela garota paralisada e o que tinha que fazer para ela voltar ao normal? Eu, meu irmão, primos, amigos, todo mundo se forçava a jogar aquele jogo incessantemente em busca de respostas e nada, nenhum item diferente ou um portal que levasse a um lugar não conhecido. O resultado disso é que nossa jornada parou por aí na época, ninguém sabia o que tinha que fazer para zerar esse jogo. Muitos anos depois, tive a curiosidade de ler o guia do site gamefaqs e descobrir os objetivos do jogo. Confesso que fiquei um pouco frustrado, pois achava que existiam outros mundos além daqueles dois. Quando peguei esse jogo pra tentar terminar de novo consegui encontrar o Quickclaw acessando um outro portal invisível, mas quando cheguei na jaula do bicho eu não tinha a chave ainda, então voltei pelo portal e fui caçar a chave. Encontrei a bendita e fui lá no portal que dá acesso ao local onde o leão fica, mas quando cheguei lá o portal tinha DESAPARECIDO!!!! Ou seja, se você chegar no local onde Quickclaw está preso sem a chave, todo o seu progresso de jogo será jogado por água abaixo porque você terá que voltar para pegar a chave, mas o portal desaparecerá e você nunca mais terá acesso à jaula do leão, a não ser que você resete o jogo e comece tudo de novo. A partir desse ponto desisti de jogar esse jogo, fiquei bastante frustrado com isso.

Fonte: (gamasutra)

Fonte: (tasvideos)
     A música principal do jogo é bastante irritante e repetitiva, o que te obriga a abaixar o volume ou colocar no mute ou então indo para o mundo do Halloween que tem um tema diferente e menos chato. Os gráficos são bastante básicos em alguns pontos e há com frequência bastantes erros de programação, com pedaços do cenário aparecendo no canto oposto ao do personagem, entre outros glitches.
     Se você conseguir a proeza de terminar esse jogo vai ter como recompensa apenas uma frase de congratulações e a oportunidade de começar outra aventura, que na verdade é a mesma aventura de antes, com a diferença de que os itens, o leão e a Rhonda estarão escondidos em lugares diferentes... empolgante não? 

Fonte: (campbellwhyte)

      Super Pitfall foi duramente criticado pelos especialistas em jogos e considerado por alguns como o pior jogo do Nes. Eu particularmente já vi muito jogo de Nes pior do que esse, mas o problema dos itens e portais invisíveis, entre outras coisas, torna o jogo absurdamente difícil e quase impossível de zerar, sem a ajuda de um emulador. Esta continuação de Pitfall! foi feita sem dar os devidos créditos ao David Crane, criador do original do Atari, o que irritou a muitos também. Se você estiver afim de um jogo que vai testar sua paciência ao máximo, esse com certeza é uma ótima pedida.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Games # 4 - Pitfall! (Atari)



     O primeiro videogame que tive foi o CCE, um genérico do atari, e me lembro até hoje quando a minha mãe chegou com aquele videogame lacrado na caixa a empolgação que eu e meu irmão tivemos para jogar videogame pela primeira vez. Ele vinha com o clássico Pac-man e jogávamos aquilo como se não houvesse amanhã haha. Mas este artigo é sobre outro jogo dessa época que também marcou muito a minha infância, a do meu irmão e a dos meus primos: Pitfall! (com exclamação mesmo). 

Fonte: (en.wikipedia)

     A gente chamava de “jogo do Tarzan”, por conta do estilo do jogo ter uma ligeira semelhança com o famoso homem das selvas. Entrementes, ao invés de você controlar um sujeito que cresceu na selva, você controla um explorador conhecido como Pitfall Harry e o objetivo é explorar uma floresta repleta de perigos e armadilhas e conseguir recuperar 32 tesouros num período de 20 minutos. Pelo caminho você se depara com troncos de árvore rolantes, areias movediças, poços de piche, fogueiras, cobras, morcegos, crocodilos entre outros. Para isso Harry é capaz de saltar, abaixar, escalar cipós e subir e descer escadas. Você pode decidir se quer seguir pelo caminho da direita ou da esquerda para completar a jornada. Quando eu jogava sempre ia pela esquerda porque achava mais fácil de pular na cabeça dos crocodilos do que seguindo na outra direção. Além disso, você pode cortar caminho pelo subterrâneo em algumas ocasiões, o único problema disso é que você tem que passar por um escorpião grande que exige certa precisão no salto para não ser atingido por ele. Os danos infligidos ao Harry podem ocasionar perda de vida extra, caindo na areia movediça, por exemplo, ou perda de tempo, como no caso dos troncos rolantes. 

Fonte: (g4tv)
Fonte: (destructoid)


     O jogo não possui trilha sonora, o que é bastante comum em jogos de Atari, se limitando apenas aos sons do salto do personagem, do balanço do cipó quando agarrado e da perda de uma vida extra. Pitfall! foi idealizado por David Crane, um programador que trabalhou para a Activision em meados da década de 80. Logo após ter criado em 1979 uma tecnologia para representar um homem correndo com o máximo de realismo dentro da limitadíssima capacidade de um Atari, Crane começou a trabalhar no desenvolvimento do jogo, que só foi oficialmente lançado em 1982. O projeto original do jogo levou apenas 10 minutos para ser posto no papel, mas cerca de 1000 horas para ser programado. Além disso, originalmente ele não possuía vidas extras, ou seja, você poderia perder uma vida depois de uns 19 minutos de jogo e ter que começar tudo do início novamente, o que seria bastante frustrante se eles não tivessem conseguido programar as vidas extras duas semanas após a criação do projeto original.

Fonte: (rickandviv)

     O jogo receberia inicialmente como título Jungle Runner, mas a equipe de marketing da Activision barrou a ideia e num posterior brainstorm, depois de outros títulos frustrados como Zulu Gold e Amazon, finalmente decidiram por Pitfall!.
     Com o seu lançamento, Pitfall! Alcançou na época bastante sucesso e vendeu até hoje cerca de 4 milhões de cópias entrando para a lista dos jogos de Atari mais vendidos de todos os tempos. Ele ainda conseguiu o privilégio de permanecer 64 semanas seguidas como o melhor jogo de todos os tempos (tudo bem que a concorrência naquela época não era lá essas coisas, hehe). Por fim o sucesso do jogo foi tamanho que a Activision já chegou a receber por volta de 14 mil cartas de fãs, por semana, seja parabenizando pelo jogo ou seja para mandar esboços de mapas e fases desenhados a mão, como ideias para futuras continuações. Nesse ínterim a companhia teve que contratar pessoas só para dar conta de ler tantas cartas que chegavam.

Fonte: (pt.wikipedia)

     Pitfall! Teve uma série de remakes criados para sistemas de computadores, como o Commodore 64 e o Aple II, e para os consoles domésticos como o ColecoVision e o Intellivision. Além disso, o sucesso do jogo gerou uma série de sequências: Pitfall II: Lost Caverns (1983) para Atari 2600; Super Pitfall (1987) para o Nes; Pitfall: The Mayan Adventure (1994) para o SNES; Pitfall 3D: Beyond the Jungle (1998), para o Game Boy Color e para o Playstation; e Pitfall: The Lost Expedition (2004) para Game Boy Advance, GameCube, Playstation 2 e Xbox.

Fonte: (wallpapersonweb)

     Como curiosidades vale citar que: Pitfall! teve alguns aspectos tecnológicos pioneiros para a época como ausência de cintilação, multicoloridos e sprites; gerou em 1983 uma série animada de televisão chamada Pitfall Harry que fazia parte de um programa chamado Saturday Supercade e que contava as aventuras de um caçador de tesouros chamado Harry, sua sobrinha Rhonda e seu leão de estimação covarde, chamado Quickclaw, durando apenas uma temporada; em 1982 foi lançado um comercial promocional do jogo que tinha a participação do ator Jack Black ainda criança; os crocodilos do jogo foram baseados na abertura do desenho “Faísca e Fumaça” (The Heckle and Jeckle), onde eles aparecem correndo sobre uma fileira de crocodilos; David Crane revelou mais tarde que era possível alterar a direção e o ângulo do pulo durante os primeiros três décimos de segundo após apertar o botão de salto; a Activision foi a primeira desenvolvedora de jogos a oferecer brindes como o patch “Pitfall! Harry Explorer Club” aos jogadores que alcançassem os mais altos scores e apresentassem uma foto do seu placar comprovando o feito. Pitfall!, com certeza, é um dos clássicos absolutos da era Atari.

Comercial Promocional de Pitfall!


Abertura de "Faísca e Fumaça"

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Games # 3 - Rockin' Kats (Nintendinho)



     Se eu tivesse que elaborar uma lista de jogos que mais marcaram a minha infância, com certeza, Rockin’ Kats do nintendinho estaria nela. Na época em que eu jogava jogos da Nintendo no meu Top Game, este jogo era um dos que eu cheguei a alugar várias vezes para jogar. Conheci este jogo através de uma edição da revista ‘Videogame’ em que Rockin’ Kats estampava a capa da revista (a propósito, foi a primeira revista de videogame que comprei e que tenho guardada até hoje, apesar de parte dela, ter sido devorada por traças) e ficava babando de vontade de poder jogar não só este, mas outros jogos que eu via nas revistas. Tudo isso em um período em que não havia internet e a única forma de me atualizar sobre os jogos lançados para as plataformas da época era através de revistas de videogame. Então certa vez fui numa locadora de Taguatinga, junto com minha mãe, e encontrei esse jogo lá e não pensei duas vezes, o loquei e voltei para a casa com os olhos brilhando de alegria para poder jogá-lo.

Fonte: (en.wikipedia)

Fonte: (entretenimentomijiniano)
     A história se passa em uma Nova York cartunesca, onde vive um jovem gato azul chamado Willy, que é um artista de Jazz conhecido no meio artístico como ‘The Rockin Kat’. Num determinado dia, sua namorada Jill é sequestrada sem motivo aparente por Mugsy, chefe de uma quadrilha de cachorros mafiosos, e Willy se vê obrigado a partir em busca de sua amada. A aventura percorrerá canais de um monitor de TV, onde cada canal corresponde a uma fase, além do canal de shopping e do canal de bônus, que falaremos mais tarde. Em cada canal Jill está refém de um dos capangas de Mugsy, que correspondem ao Boss de cada fase, ou seja, Willy terá que resgatar Jill em todos os canais até o embate final com o chefão da máfia. 

Fonte: (entretenimentomijiniano)

Fonte: (entretenimentomijiniano)
     Os quatro primeiros canais, que correspondem às quatro primeiras fases, podem ser escolhidos em ordem aleatória, sendo que o canal 5, referente ao estágio final, só se torna acessível após a conclusão das 4 fases anteriores. Os temas de cada fase são bem variados, começando com as ruas de Nova York, depois seguindo com um aeroporto, um parque de diversões, uma cidade do velho oeste e por fim Nova York, novamente. Além disso, após o término do jogo, depois de você derrotar Mugsy, ele surgirá novamente te desafiando para uma revanche, só que agora ele tirará de você todo o seu dinheiro e power-ups e você terá que passar por uma fase bônus de nível de dificuldade mais elevado antes de o último boss novamente. O jogo não possui continues, mas em compensação existem passwords para você não ter a frustração de quase terminar o jogo, perder lá no finalzinho e ter que começar tudo desde o princípio novamente.

Fonte: (entretenimentomijiniano)

Fonte: (entretenimentomijiniano)

     Nosso protagonista, para dar conta do recado, vai resgatar sua namorada com a ajuda de uma arma que dispara socos. Com ela Willy pode desferir variados tipos de ataque nos inimigos: ele pode bater diretamente num alvo, pode usar um soco na parede ou em um objeto para ganhar impulso e ser lançado na direção contrária acertando um inimigo com o próprio corpo e pode se segurar em algum objeto ou plataforma e girar em torno dela arrasando todos que estiverem no caminho. Além disso, a arma oferece outras utilidades como escalar plataformas, segurar/lançar objetos e usar socos no chão para ganhar impulso para um salto maior. Os socos são ilimitados, já que o punho lançado pela arma é preso a um dispositivo que volta para a arma novamente depois de lançado um ataque, e podem ser lançados tanto verticalmente quanto diagonalmente.

Fonte: (entretenimentomijiniano)

Fonte: (entretenimentomijiniano)

Fonte: (entretenimentomijiniano)
     Como já havia falado antes, além dos canais de fases, existe um canal de shopping e um canal de bônus. No canal de shopping a gente pode comprar vidas extras e algumas power-ups para a arma de Willy como bombas e projéteis que são lançados juntos com o soco, além de turbinas para o tênis que farão Willy planar no ar. Uma vez compradas essas power-ups, elas podem ser usadas quando o jogador quiser, equipando o protagonista sempre que achar necessário. Já o canal de bônus te oferece a oportunidade de jogar 3 bônus diferentes para para ganhar vidas extras e/ou arrecadar dinheiro. São eles: Roulette, onde Willy gira em torno de uma roleta onde você pode ganhar vidas extras ou dinheiro; Basketball, onde confesso que não compreendi direito o objetivo, mas também é possível ganhar vidas extras ou dinheiro; e Toss Pipe, que é o mais divertido, pois você terá que arremessar bolas e fazê-las passar por canos que se movem antes do tempo se esgotar, valendo determinado valor de dinheiro dependendo de quais e quantos canos você acertar.

Fonte: (entretenimentomijiniano)

Fonte: (entretenimentomijiniano)

     Os personagens do jogo são bem marcantes, pelo menos pra mim hehe. Além do simpático Willy, você encontrará pelo caminho os mais inusitados tipos de inimigos: poodles que atiram vasos de flores pela janela de um prédio, cachorros que atiram bumerangues sentados em torpedos, cachorras bruxas, fantasmas de gângsters, cachorros indígenas e por aí vai. Os bosses também são bastante interessantes: uma banda de jazz formada por cachorros gângsters, um pintinho gordo que ataca você com ovos, um cachorro palhaço fantasma, um gorila guarda-costas e por aí vai... Os gráficos são ótimos, bem coloridos e cada tema de fase está bem representado não só pelos ambientes, mas também pelos inimigos que compõem cada cenário que tem tudo a ver com cada fase: no parque de diversões você encontrará palhaços, equilibradores de prato e fantasmas na casa do terror, já no velho oeste você topará com vaqueiros e índios, entre outros. A trilha sonora do jogo é bem legal também, e os temas são tipicamente correspondentes ao tipo de ambiente em que nos encontramos.

Fonte: (entretenimentomijiniano)

Fonte: (entretenimentomijiniano)
     Rockin’ Kats foi desenvolvido pela Atlus e lançado em 1991 e infelizmente de lá para cá nunca teve uma merecida continuação ou quem sabe até mesmo um remake para plataformas posteriores ao nintendinho, o que é uma pena. É um jogo que possui um universo bem marcante, uma jogabilidade muito boa e personagens carismáticos que poderiam muito bem ser explorados em novas aventuras. Quem não teve a oportunidade de jogá-lo eu super-recomendo, principalmente para quem ama jogos retrôs, como eu.

Fonte: (souldreamx.deviantart)