Semana passada fui ao cinema
assistir Frozen – Uma aventura congelante,
o novo desenho da Disney em que mais uma princesa é apresentada ao público, ou
seja, mais uma série de bonecas, kits diversos, cadernos, mochilas e sapatos de
princesa para os pais comprarem pra suas filhas.
Como curiosidade vale ressaltar
que esse desenho é baseado no livro A
Rainha da Neve, escrito pelo dinamarquês Hans Christian Andersen, o mesmo
que criou A Pequena Sereia e os
estúdios Walt Disney já sondava uma adaptação desse livro desde 1943, mas só
agora o projeto se concretizou, com a utilização de tecnologia CinemaScope, a mesma utilizada em A Dama e o Vagabundo.
(Fonte: magriniartes) |
A história dessa vez é sobre uma
princesa chamada Elsa que vive no reino de Arendelle. Por alguma razão nunca
explicada no desenho ela desde pequena desenvolveu o poder da criocinese, ou
seja, a capacidade de gerar neve e congelar tudo o que ela quiser. Certa vez, quando era pequena e brincava com
sua irmã mais nova, Anna, Elsa acidentalmente acertou uma rajada de gelo na
irmã, por não saber controlar muito bem seus poderes, e os pais das garotas
levaram Anna para um lugar onde uma comunidade de Trolls (uns monstrinhos de
pedra bem simpáticos) vive. Lá eles entregam a garota ao pajé da tribo que
consegue curar a menina, mas em contrapartida apaga todas as memórias
relacionadas ao poder da criocinese de Elsa, ou seja, todas as vezes em que ela
brincou com Elsa usando seus poderes de gelo agora serão lembrados como brincadeiras
normais, como se Elsa nunca tivesse usado seu poder para brincar com a irmã.
Após esse incidente, os pais de Elsa a confinam no seu quarto e, desde então,
ela se distancia da irmã e nunca mais brinca com ela. Anos depois os pais das
duas falecem e é chegada a hora de Elsa ser coroada como a rainha de Arendelle.
Nesse mesmo dia, após uma discussão com Anna, Elsa acidentalmente usa seus
poderes gelados na frente da multidão de convidados e imediatamente é acusada
de feitiçaria. Cansada de viver escondendo seus dons congelantes ela decide
fugir do reino e se isola numa montanha. Ressentida por ter causado todo esse
alvoroço, Anna parte em busca da irmã para trazê-la de volta para Arendelle.
(Fonte: intratecal) |
Isso tudo que eu falei é só o
comecinho do filme, daí a gente já tira o tanto que eles capricharam no roteiro
da história, e foi justamente o que me levou a ir ao cinema assistir a esse
novo projeto da Disney. Diferentemente dos desenhos clássicos da Disney em que
a gente é acostumado a ter personagens como heroína/herói e vilã/vilão bem
definidas, nessa nova história tudo caminha de forma meio incerta. Não existe,
por exemplo, personagens com cara de mal que você logo identifica como vilão e,
no caso da Elsa, mesmo não intencionalmente, ela causa mal ao congelar o reino,
pois seus poderes se expandem constantemente causando um inverno permanente por
toda a parte. Outra questão interessante é que Elsa, apesar de ser a princesa
desse desenho não é a protagonista da história, e sim sua irmã Anna e o foco da
história é justamente a busca de Anna pela irmã que abandonou o trono de
Arendelle logo após ser coroada rainha.
(Fonte: disney.wikia) |
Além delas outros personagens
também brilham na história, como o Kristoff, um rapaz da montanha que cresceu
junto com os trolls e em determinado momento irá ajudar Anna em sua aventura; o
alce de estimação de Kristoff que divide as cenas de humor com o simpático
boneco de neve Olaf, que sonha em sentir o calor do verão; os trolls que são
uma graça, apesar de serem pouco explorados na história; e muitos outros.
(Fonte: cinemarcado) |
A ambientação da trama também é
belíssima: lugares cobertos por gelo, lagos congelados, os flocos de neve, o
castelo de gelo de Elsa, a própria manifestação dos poderes dela e os efeitos
de transparência e reflexo no gelo... tudo enche nossos olhos de beleza. Em
relação às músicas, apesar de receberem da crítica rasgados elogios, eu achei
insuportável, principalmente as primeiras cantadas pelas princesas. Entretanto,
eu assisti a versão dublada, não ouvi as versões originais das músicas e, além
disso, o volume do filme no cinema estava bem alto, junte isso às vozes
dubladas e estridentes das personagens principais e tudo acabou virando um
martírio, pelo menos na primeira metade do filme. Fora isso, adorei o filme, a
história principalmente te prende até o final pela curiosidade de saber que
rumo terá a princesa Elsa após o exílio de Arendelle. Para quem já amava os
desenhos da Disney, esse é recomendadíssimo, um dos melhores que o estúdio já
lançou nos últimos anos.
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