quinta-feira, 13 de março de 2014

Filmes # 6 - Liga da Justiça - Ponto de Ignição



     A saga Flashpoint ou Ponto de Ignição, publicada pela DC Comics em 2011, foi criada por Geoff Johns e desenhada por Andy Kubert para ser o reboot que posteriormente abriria espaço para o surgimento dos Novos 52, que promoveu o relançamento de toda a linha editorial da DC, incluindo séries que já eram publicadas há mais de 70 anos, como Detective Comics e Action Comics, mas isso já é outra história... Por ser o ponto de partida de uma série de mudanças radicais em todo universo da editora, a saga Flashpoint além de poder ser considerada um marco de mudanças na DC, nos apresenta uma história maravilhosa envolvendo crossovers entre os membros da Liga da Justiça, num universo paralelo criado por Barry Allen, o Flash. 

Fonte: (zonafilmes)

     Aproveitando o sucesso colhido nos cinemas com a trilogia de Batman, de Nolan, e Homem de Aço, de Snyder, a DC aproveitou para lançar em 2013 aquela que seria uma das suas melhores animações já feitas: Liga da Justiça - Ponto de Ignição (Justice League - Flashpoint Paradox), baseada na saga já citada no parágrafo anterior. 

Fonte: (mutantexis)

     A história é a mesma das HQs: Barry White, ainda criança, está com sua mãe numa estrada com o carro estragado à espera de alguma ajuda. Enquanto se irrita com a indiferença dos motoristas que passam e os ignoram, recebe da mãe uma dessas lições de vida que ele vai levar consigo pro resto da vida. Num certo dia, enquanto Barry voltava correndo para casa, ele se depara com o local totalmente bagunçado e ao entrar em casa se depara com a sua mãe morta, estirada no chão, ensanguentada. Após esse evento a história dá um salto para o futuro e encontramos um Barry White já adulto em frente ao túmulo da mãe, junto com sua namorada. Enquanto eles conversavam Barry recebe um chamado da Liga da Justiça dizendo que o Museu Flash, em Central City foi invadido por alguém. Chegando ao museu, já trajando seu uniforme de Flash, ele passa a ser atacado por um grupo de vilões que já são velhos conhecidos dele. Após um embate entre eles Flash acaba sendo preso por uma espécie de liga cinzenta resistente. Nesse momento o líder do grupo de inimigos se revela: Professor Zoom, ou Flash Reverso, o principal inimigo de Flash. Zoom revela seu plano de destruir toda Central City com bombas, que para surpresa de seus aliados, estavam implantadas no cinto de cada um sem que eles soubessem e caso tentem retirá-las, tudo explodirá mais rápido. Pensando rápido Flash usa o movimento rápido das mãos para arremessar parte do produto que o prende em Flash Reverso fazendo com que os dois fiquem presos e fala que se ele morrer o Flash Reverso também morrerá, mas, este por sua vez, não se importa e diz que matar o Flash e destruir Central City é um preço que vale a pena pagar. Nesse momento surge o Batman e o restante da equipe da Liga da Justiça. Ao verificar as bombas, o morcego conclui que a tecnologia é muito avançada para desativar e Flash dá a ideia de cada herói levar um inimigo com bomba para um lugar diferente para desativá-las individualmente. No fim cada herói consegue desativar uma bomba usando suas habilidades, inclusive o Flash. Com o retorno da Liga para o museu, todos os vilões são presos, mas ao passar pelo Flash, o Professor Zoom diz: “Desfrute de suas pequenas vitórias, Flash, pois, por mais rápido que corra não pode salvar a todos. Não aqueles com quem você se importa.”. Perturbado com essas palavras, Flash sai correndo em disparada refletindo a respeito disso. Um tempo depois ele se vê acordando em cima do computador do trabalho. Ao ver que algo acontecia lá fora foi correndo para averiguar, mas se desequilibra e cai da escada. Ao acordar se vê nos braços de sua mãe e mesmo sem entender o que está acontecendo a abraça calorosamente. Era o dia do aniversário dela e eles iam almoçar juntos. Logo após isso, Barry descobre que está sem seus poderes e parte à procura da Liga da Justiça em busca de respostas. A partir daqui Flash se dará conta de que está preso num universo paralelo em que a Liga da Justiça não existe, o Batman utiliza armas de fogo e não é o Bruce Wayne, Ciborgue é um herói popular que trabalha para o governo e quer convencer o Batman a montar uma estratégia para tentar acabar com uma guerra entre a Mulher Maravilha e suas amazonas (que tomaram conta do Reino Unido, fundando a Nova Themyscira) e o Aquaman e seus Atlantis (que querem vingar o assassinato de Mera, mulher de Aquaman, pela Mulher Maravilha e também planejam causar um inundamento na Europa Ocidental). Além disso, Shazam que era originalmente um menino, agora são seis, a família Shazam, cada um com um poder específico referente a uma letra da palavra mágica e, por fim, o Super Homem que virou um sujeito anêmico e amendrontado que está preso numa instalação militar desde que o foguete que o levou à Terra caiu em Metrópoles matando 35 mil pessoas, não tendo visto uma única vez a luz do sol.

Fonte: (beyondhollywood)



Fonte: (soentertain)

Fonte: (newsarama)

     Esse é o cenário caótico que nos apresenta o Liga da Justiça: Ponto de Ignição. Dirigido por Jay Oliva e tendo o roteiro original adaptado para as telas por James Krieg, o filme tem o desafio de compactar uma saga inteira publicada em 7 edições para o formato audiovisual em 85 minutos, ou seja, é bastante informação para resumir num longa, sem levar em conta que quem já leu as sagas nos quadrinhos costuma dizer que a história já é bem corrida originalmente. Acho que por conta disso você vai ver muitos personagens do universo DC fazendo uma participação relâmpago na história, como Lex Luthor e Exterminador que queriam para si a arma usada por Aquaman para criar enormes maremotos. Outros personagens não dão nem tempo de serem identificados de tão rápido que surgem e se vão. Além disso, como a história já é complexa por si só e envolve muitos personagens, muita coisa fica subentendida pela falta de detalhes na história, então se deve prestar bastante atenção em cada detalhe para não ser perder e entender as motivações do Flash ou as razões que o levaram a um mundo paralelo, ou ainda porque nesse novo universo o Flash Reverso se tornou o próprio paradoxo, o que impede o Flash de voltar para seu universo. São muitos detalhes para se atentar. Outra coisa que não me agradou muito foram os traços dos personagens, meio quadradão demais ou exagerado demais, sei lá. O Aquaman em cenas de close ficou bastante esquisito, parece que entupiram a cara dele de bomba, hehehe.

Fonte: (idlehands1)

Fonte: (adorocinema)
     Apesar de muitos considerarem esse um dos piores crossovers da DC, eu adorei a história, a relação do Flash com o Batman do universo alternativo e a motivação de cada um para trabalharem juntos achei bem bacana. A ideia de um Super-Homem que foi capturado pelo exército desde o dia em que chegou à Terra, achei massa também e o fato de trabalhar com realidades alternativas, dando ao universo DC a possibilidade de, por exemplo, matar um personagem clássico, coisa que já mais aconteceria na cronologia principal (com exceções de heróis que morrem e de alguma forma muito louca ressurgem do nada em edições posteriores). Por conta dessas razões, tudo é imprevisível e você fica instigado a acompanhar a história até o final para saber no que vai dar.


Fonte: (jovemnerd)
     Mesmo para aqueles que, como eu, nunca leram a saga Ponto de Ignição nos quadrinhos, a sua versão lançada diretamente para vídeo é uma ótima pedida, com uma história bem complexa, bastante ação e momentos intensos que deixarão você grudado na tela até o momento dos créditos finais. 

Fonte: (batcave)

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